O Encontro (parte 2)



- Não fala nada com ela. Fica em silêncio até eu chegar.
- Estou com muito medo. Não sei o que ela pode fazer comigo.
- Chegou de te ameaçar?
 - Não. So disse que sabe quem eu sou e que tem certeza que estou a teclar contigo. O que me assusta é o silêncio dela.
 - Então sai, deixa ela sozinha aí.
 - Já saí. Ela pagou o sumo, comprou jantar pra mim e disse que vai me deixar em casa. Estamos no carro agora.
- Tem certeza que vai te deixar em casa?
- O que achas que vai acontecer? Estou nervosa.
- Não sei. É tudo muito estranho.
- Estamos a caminho da minha casa. Parece que ela conhece o caminho.
- O que faço agora?
- Estás a perguntar a mim? Parece que estás mais assustado que eu que estou com ela aqui. Ela nem dala nada, só está a me deixar teclar e de certeza ela sabe sabe que estamos a teclar juntos.
- Acho que teremos que dar um tempo.
- Já sabia! Era isso que ela queria. Assim te deixou com medo e te obrigou a te comportares. Sabe, eu nem estou com medo dela nem ódio. Pelo contrário, eu ganhei uma admiração por ela e por ti um grande desprezo. Aprendi muito com esta senhora mesmo sem termos conversado. Quanto ao senhor, só desejo distância. Cuide bem da criança para que ela se torne uma pessoa responsável, ou melhor, deixe a mae cuidar de todos vocês porque ela é melhor nisso que tu. Adeus. Até nunca.

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